sexta-feira, 1 de setembro de 2017

REVOLTA DE 1846 - GUERRA DA PATULEIA - I

8.1.13 – Revolta de 1846 – Patuleia - Revolta da Maria da Fonte, Prisão do Duque da Terceira


Esta imagem retrata uma cena da revolta da Patuleia, um entre vários confrontos subsequentes às lutas pelo Liberalismo em Portugal. De destacar que, nesta gravura, a maioria dos revoltosos são mulheres do povo. Já quando foi da Revolta dos Taberneiros, colocaram na frente mulheres pois são mais ruidosas e menos castigadas que os homens. Uma sobe a escada para tocar o sino, outra tem uma bandeira e um pequeno grupo prepara-se para distribuir panfletos.



Quadro de Roque Gameiro


In Portugal Antigo e Moderno


In O Tripeiro, Volume 2

Maria da Fonte – José Hermano Saraiva - RTP


O Barão do Casal derrotou as forças patuleias da Junta do Porto, comandadas por Sá da Bandeira, o lendário Sá Maneta, graças à deserção dos regimentos de infantaria 3 e 15, que mudaram de campo. Representaram-no a cavalo com cara de burro.


Duque da Terceira


In O Tripeiro, Volume 1

“Nas tranquibérnias políticas do tempo de D. Maria II, após a sangrenta guerra civil que opôs liberais e miguelistas, as várias tendências políticas hostilizavam-se permanentemente e os governos caíam como fruta madura. Bastava o Marechal Saldanha tomar a iniciativa de um golpe militar, e logo mais um governo devia constituir-se em substituição de outro que tombara. Foi a época da Setembrada, da Belènzada, da Revolta dos Marechais, da Maria da Fonte, da Patuleia. Foi na sequência do este movimento, a influenciar o Porto, que o prestigiado duque de Terceira, de seu nome completo, António José de Sousa e Meneses Severim de Noronha, foi enviado para esta cidade, na esperança de que a força do seu enorme prestígio acalmasse os ânimos. Em vez disso, foi preso, por pouco tempo, embora, quando exercia as funções de lugar-tenente da Rainha. A prisão foi ordenada e efectuada pelo patuleico José da Silva Passos que, com todo o respeito, teve a coragem de pedir que se considerasse preso, ao que ele obedeceu prontamente e deu entrada tranquilamente na Cadeia”. Texto de síntese histórica do Tribunal da Relação do Porto, da autoria do Sr. Conselheiro José Pereira da Graça.

Sem comentários:

Enviar um comentário