segunda-feira, 16 de outubro de 2017

TESTEMUNHOS E MEMÓRIAS SOBRE O PORTO - I

9.1 - D. Moninho Viegas - Texto de Artur de Magalhães Basto, D. Moninho liberta o Porto dos mouros, Mosteiro de Santa Maria de Vila Boa do Bispo, Convento de Alpendurada, Hotel de luxo no Convento de Alpendurada


Carvalhos do Monte - desenho de Gouveia Portuense - In O Tripeiro, Série V, Ano X 

Artur de Magalhães Basto relembra-nos, baseado num texto de Oliveira Martins um facto dos sécs. X - XI:



Porto - gravura de Pedro Teixeira Albernaz - 1634


Artur de Magalhães Basto – O Tripeiro, Série V, Ano X


Armas de D. Moninho Viegas – 950-1022


In Portugal Antigo e Moderno


Mosteiro de Santa Maria de Vila Boa do Bispo 

Munio Viegas, "o Gasco" (c. 950 - 1022, Batalha de Vila Boa do Bispo), foi um nobre medieval do condado de Coimbra.
Munio Viegas é uma figura importante na história do Porto; foi capitão da armada dos gascões, com a qual desembarcou na foz do rio Douro, vencendo os mouros e tomando a terra rio acima de ambas as margens, reconquistando do domínio de Almançor a cidade do Porto. Teria morrido junto a dois de seus filhos na Batalha de Vila Boa do Bispo.


Convento de Alpendurada



Convento de Alpendurada - exterior

“Acredite, vai querer ouvir esta história. Mesmo que ela possa ser, como tudo na História, apenas uma lenda. E a lenda do Convento de Alpendurada diz que o mosteiro só existe porque antes existiu uma história de amor e vingança.
Antes de Portugal ser Portugal, mandava D. Fernando Magno, rei de Castela e Leão. Aqui vivia D. Moninho Viegas, tio-avô de Egas Moniz. Este homem, muito rico, amava uma nobre donzela, mas quando estava prestes a casar com ela, a rapariga foi pedida em casamento por um poderoso cavaleiro Mouro. O pai não aceitou e o mouro apunhalou-o diante da filha. A filha arrancou o punhal do peito do pai e matou-se também.
Quando D. Moninho Viegas soube tão triste história, jurou cruel vingança contra o mouro e a sua raça e foi com sua hoste fazer guerra crua aos infiéis. Depois de derramar muito sangue, prometeu que se saísse vivo da guerra, fundaria um Convento. E cumpriu o voto. 



Nasceu assim, no início do século XI, o convento de Alpendurada, localizado na região demarcada do Douro, Património Mundial da UNESCO, que foi também lugar de eleição do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Trata-se de um concentrado de luxo único e raro: estruturas e ornamentações barrocas, rococó e neoclássicas. A igreja primitiva prende-se à fé e à peregrinação a Santiago de Compostela.
Até ao princípio do século XV, foi governado por abades perpétuos, depois por abades comandatários e depois por priores trienais eleitos. Em 1834, no âmbito da Reforma Geral do Clero, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas.







Hoje, o imóvel foi restaurado e transformado num hotel de luxo para preservar o valor histórico e cultural com o conforto e necessidades dos nossos dias. A grandeza do edifício harmoniza perfeitamente com os azulejos portugueses, os móveis do Séc. XVII e XVIII, candelabros e quartos com influência Romana e Árabe. As celas dos monges ainda mantêm a sua austeridade, mas são agora 40 confortáveis suites, fornecendo a máxima tranquilidade e serenidade.


Para além do Convento existem também 20 casas restauradas, originalmente construídas pelos Beneditinos. Uma grande variedade de quartos com valor arquitectónico único fornecem uma configuração completa e diversificada de espaço para eventos e reuniões, uma cozinha medieval e uma capela. Uma rara colecção de carruagens restauradas é parte do legado do convento. In Luximos.pt

Convento de Alpendurada - vídeo

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